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    Reprodução de Trinca Ferro em Cativeiro - Na prática!

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    Reprodução de Trinca Ferro em Cativeiro - Na prática! Empty Reprodução de Trinca Ferro em Cativeiro - Na prática!

    Mensagem por Monteiro Junior Sex Nov 29 2013, 18:32

    Reprodução de Trinca Ferro em Cativeiro

    A reprodução é feita em partes, e todas elas os criadores vão ficar inseguros e ansiosos, pois o sofrimento vem a galope e em cada fase.

    1º Tipos de Reprodução e Processo de Namoro.

    2º Processo de Gala.

    3º Processo de postura e ovos e estão galados ou não.

    4º Nascimento e tratamento dos Filhotes

    5º Separação.

    Para um criador experiente o processo de reprodução em trincas extremamente é “fácil”, pois neste caso a experiência de anos anteriores conta e muito, mas para os iniciantes é extremamente árduo, traz muitas incertezas e inseguranças, mas devo ressaltar que todo esse sofrimento vem para acrescentar na experiência do criador, então vou relatar um pouco que aprendi nestes anos reproduzindo trinca ferro, e espero contribuir um pouco para facilitar a vida dos novos criadores.

    1º Tipos de Reprodução e Processo de Namoro.


    1º A época de reprodução dos pássaros, na maioria dos estados brasileiros, coincide com o período chuvoso ano, começando no mês de setembro indo até março, devemos ressaltar que isso poder variar entre as regiões, norte, nordeste, sul e sudeste, e devemos respeitar sempre o ciclo natural da vida, não forçando os Alados a reproduzirem fora da época.

    O manejo do Trinca Ferro é especial, pois não se devem deixar juntos por período muito longo o casal, fora da época de reprodução, isso por que o som do canto do macho vai estimular a fêmea e o som da fêmea vai estimular o macho, se ficarem juntos o ano todo, nem um dos dois vão aprontar para a reprodução, tanto em gaiola como em viveiros seguimos essa regra.

    Existem duas maneiras de reproduzir os alados, uma é a poligamia é onde um macho gala várias fêmeas, “até 5 fêmeas” e não há formação de casal, esse processo é mais usado em gaiolas separadas e por criatórios, e a outro monogamia onde há formação de casal, e geralmente em viveiros ou em gaiolas criadeiras, dimensões apropriadas, 80cm de comprimento, 40cm de largura e 40cm de altura, com essa medidas temos condições de reproduzir tranquilamente.

    Quando estivemos falando de viveiros podemos sim deixar juntos o casal “época de reprodução” acontecendo à gala e a choca, essa forma de reprodução em pode se tornar uma vantagem, pois logo que os filhotes saírem do ninho a fêmea já começa a aprontar novamente e pedir gala, e o macho fica responsável pela alimentação dos pequenos.

    2º Processo de Gala.

    2º Vamos destrinchar a criação de Trinca Ferro em gaiolas, essa tão amada ave e admirada pelos criadores, pelo sua fibra e desenvoltura em competir, então para reproduzir essa espécie é necessário que haja o namoro ou cortejo do macho pela fêmea, pois somente assim conseguiremos realizar a gala e consequentemente o sucesso na reprodução, mas devo ressaltar que essa é a primeira de muitas fases subsequentes.

    Recebo muitas mensagens e e-mails me questionando quais são os indícios para saber se a fêmea está entrando em forma? Bom geralmente ela começa a voar demasiadamente de um lado para o outro, fica mais agitada e agressiva, arrancar pedaços de papel no fundo da gaiola, carregar capim ou corda de sisal, o consumo maior de água, além de abaixar insistentemente para o macho.

    Para realizar a gala ou cópula é necessário que as gaiolas fiquem sempre próximas uma das outras, “Gaiola da fêmea criadeira e do Macho pode ser gaiola normal ou uma gaiola galador, desde que o passador esteja alinhado com o da gaiola da fêmea”, o material tem que ser inserido na gaiola antes da tentativa de gala, pois o material juntamente com o ninho vai estimular a fêmea a ficar pronta, no começo a fêmea vai jogar o material para o chão e depois de algum tempo a fêmea vai levar o material para o ninho e arruma-lo, esse é um dos primeiro indícios que a gala verdadeira está próxima, então comece a mostrar o macho, duas a três vezes ao dia e verá que a fêmea ira pedir gala e quando isso acontecer basta abrir os passadores laterais para rapidamente o macho se transportar para a gaiola da fêmea com intuito de realizar a gala e depois os separa novamente, pois é necessário realizar esse processo pelo menos um duas ou três vezes ao dia, “devo ressaltar que uma gala é suficiente, porém como criador devemos realizar esse procedimentos mais uma ou duas vezes para certificar que foi bem concluída”, isso tudo para garantir que o ovo enche, pode ser que aconteça já na primeira, mas é sempre bom termos mais garantias.

    Pode acontecer que ao abrir os passadores laterais o macho partir para cima da fêmea para brigar, e não haver a gala separe-os imediatamente para que a fêmea não afine, e depois de uns minutos abra a barreira visual só que com os passadores laterais fechados para ter certeza que a fêmea irá pedir gala, assim espere novamente uns minutos e já abra com os passadores abertos e continue a repetir este procedimento até notar que houve a cópula.

    Alguns machos, que tem muita fibra e que não nunca foram utilizados na reprodução, pode não reconhece o sinal de gala da fêmea, neste caso o criador vai ter que ter mais paciência, deixar o macho do lado da fêmea durante alguns meses, pode ser se vendo para um reconheça o outro, e na próxima temporada de reprodução tentar novamente.

    As fêmeas que já têm um histórico de reprodução são mais tranquilas o manejo, pois já está habituada a reprodução, isso facilita e muito a vida do criador, então sempre quando for começar um plantel para reprodução de preferência a essas, mais uma vez devo ressaltar mesmo assim para um criador terá muito trabalho, pois a reprodução é feita de muitos detalhes esses talvez passe despercebidos para um iniciante na reprodução.


    3º Processo de postura de ovos e verificação se está galados.

    3º Uma boa proteção do ninho com folhas artificiais “fêmea nova que ainda não reproduziu” ajuda um pouco, a escolha do local para se reproduzir é primordial para o sucesso, local onde só o tratador tenha acesso e a gaiola da fêmea se possível sempre no mesmo local, sempre quando for chegar perto das gaiolas não faça movimentos bruscos isso irá assusta-los, procure fazer um barulho sempre igual, assobio, estalar de dedos ou mesmo conversar com eles, aliás, esse procedimento tem que ser anteriores ao começo da reprodução.

    Depois da gala a oveira fica um pouco mais inchada ficando mais parada na gaiola para fazer a postura, essa postura ocorre quase sempre de 2 a 4 dias após ultima gala, podendo variar, devo ressaltar que não é regra podendo variar de pássaro para pássaro.

    Como estamos tratando de seres vivos, devemos analisar sempre e observar o comportamento das fêmeas, pois elas têm vontade própria e isso ira fazer diferença na reprodução, pois os detalhes são cruciais, ou seja, não existe uma regra fixa, vou tentar descrever alguns fatores que podem interferir na postura da fêmea, vou tratar principalmente de fêmeas já com histórico de reprodução.

    Nesta minha caminhada já me deparei com alguns tipos de fêmeas, uma totalmente diferente da outra, mas com persistência, leitura, paciência e muita observação, conseguir alcançar resultados satisfatório e o objetivo final os filhotes.

    Fêmeas de fibra, extremamente agressivas, essas fêmeas temos que ter um manejo especial, pois podemos correr o risco de perder os ovos na chocar facilmente, pois esse tipo de fêmea geralmente não pode ouvir outro macho cantar perto sem o macho que acasalou, pois podem jogar os ovos fora e parar de chocar e até mesmo matar os filhotes, sempre deixa o macho que galou perto, de uma maneira que ela escute-o, assim ela vai sinta-se protegida pelo macho.

    Algumas fêmeas só irão chocar sem o macho perto, pois assim irão ficar tranquilas e poderão chocar normalmente, esse tipo de fêmea trás um transtorno um pouco maior até o criador pegar o jeito, pois a fêmea terá que acostumar a chocar com outras fêmeas no mesmo recinto, mas com o tempo elas acostumam.

    Existem fêmeas que até pegar o choco, o macho tem que ficar de frente para ela, no campo visual, mas depois de 4 dias de choco pode retirar o macho e prosseguir normalmente com a reprodução dentro do criatório, outras logo após o último dia de gala o macho tem que ser afastado, pois se não botam fora do ninho, então você criador tem que ter a percepção e a atenção para saber lidar com o seu plantel.

    Para saber se os ovos estão galados é recomendado fazer a ovoscopia após o sétimo dia de choco, conforme link  http://www.criadoresdepassaros.com/t14-como-fazer-uma-ovoscopia, caso não esteja galado que seja retirado o ninho, deixando a fêmea descansar durante uns 3 a 4 dias e depois retomando o processo de namoro, lembrando que quando a fêmea já reconhece o macho, então esse processo fica muito mais fácil e rápido.


    4º Nascimento e tratamento dos Filhotes



    O nascimento dos filhotes acontece por volta dos 13 dias de choco, não é uma regra pode, demorar mais 1 ou 2 dias, após o nascimento, as fêmea são as responsáveis por tratar dos filhotes, eu particularmente não gosto de intervir nisso, somente quando for necessário, a gaiola da fêmea vira um sacolão, conforme a  variedade de frutas e legumes como: banana prata, maça, melão, pepino e abobrinha, a farinhada humedecida, juntamente com tenébrios, estes são responsáveis por 80 a 90% da nutrição dos filhotes nos primeiros dias “ Ressalva, isso depende muito de cada fêmea”, tenho fêmea que somente alimenta ninhengos com tenébrios e tenho fêmeas que alimenta com tudo que esta na gaiola, eu prefiro a segunda, pois assim não corre o risco de ficar sem alimentar os filhotes.

    O anilhamento é feito de 4 a 6 dias, após o nascimento, isso tudo dependendo do desenvolvimento do filhote, eu particularmente gosto de anilhar no final da tarde quase ao escurecer, mas continuo observando durante certo período para saber se estão reagindo bem, e se a fêmea não vai retirar as anilhas.

    A papinha é fornecida diariamente, sendo feita na parte da manha e retirada à tarde, nunca deixando de um dia para o outro, pois pode azedar e provocar a morte dos filhotes, para salvar os filhotes é uma luta constante, então ainda  não consegui tirar os medicamentos, faço a papa de filhotes diária, misturando a papa industrializada, menos 1g da Nality Baby, menos 1g de clavulanato de potássio, o que pode ser substituído por Terramicina, e 3 g de nistadina, acrescento agua filtrada até da o ponto certo e forneço aos alados, a fêmea alimenta-se dessa papa e serve aos filhotes.


    5 º Separação.

    Os filhotes são separados em torno de 30 a 35 dias, após o nascimento, assim que começam a comer sozinhos, temos que tomar cuidado, pois neste período somente comem frutas, banana prata, melão, e legumes pepino e abóbora, então temos que ter a atenção redobrada, pois caso não estejam alimentado temos que tomar a providencia rápido, se não morrem, água filtrada sempre, e pode-se pingar 3 gotas de hidrovit na agua, para ajudar os pequenos, neste período ainda é fornecida as tenébrios como fonte de proteína, cuidado especial com a higienização, pois eles vão bicar tudo, grades, potes, fundo da gaiola, porta frutas, pois acredito que não sabem ainda diferenciar o que é comida do que não é, diante disso temos que ter atenção pois podem vim a comer as próprias fezes, e isso poderá infecta-los com alguma doença.

    Acredito que é isso, esta aqui a maioria das coisas que faço, claro que tem alguns detalhes que passa ou passou despercebido.

    Fica aqui a dica para aqueles que querem reproduzir Trinca Ferro, observação e estudos sempre, pois isso vai fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso, e os detalhes aqui fazem toda a diferença na reprodução dos alados.

    Desanima não, meu povo.


    Enivaldo Almeida

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